O homem que foi preso em Paranaguá na manhã desta
segunda-feira (9), suspeito de matar o padre Auci Ribeiro Lucas, de 45
anos, em Matinhos, confessou ter realizado o crime à Polícia Civil,
nesta tarde. O jovem, de apenas 21 anos, estava dirigindo o carro do
pároco quando foi abordado por policiais militares. Ele foi encaminhado à
delegacia de Matinhos, onde foi ouvido.
De acordo com o delegado
Lúcio Lugli, o homem confessou o crime e ainda deu detalhes da ação.
“Tudo começou com um desentendimento entre ele e Auci, na casa do padre.
Ele teria pegado um banco de madeira e quebrado na cabeça da vítima”,
explicou. Segundo o delegado, na sequência, ele pegou o carro do pároco e
fugiu até Paranaguá.
No entanto, no meio do caminho, ele resolveu
voltar. “Ele ficou receoso que o padre acordasse e chamasse a Polícia.”
Aí, o jovem de 21 anos resolveu terminar o serviço. De acordo com o
delegado, ele pegou uma pá cortadeira e deferiu vários golpes na cabeça
do padre, até matar o homem.
O rapaz, então, resolveu recolher
alguns objetos para atrapalhar as investigações da Polícia. “Ele pegou
copos e outras coisas que poderiam ter impressões digitais dele, juntou
tudo e colocou em uma sacola.” Segundo Lúcio, o homem ainda pegou uma
quantia de R$90 da carteira do padre e levou o celular dele antes de
fugir com o carro da vítima.
A sacola foi jogada na BR-277 e não
foi encontrada. O celular foi vendido e o dinheiro foi encontrado com
ele. De acordo com o delegado, o crime já está praticamente elucidado.
“Ele confessou que matou o padre por um desentendimento. Foi um crime
passional.” Segundo Lúcio, o jovem relatou que Auci pagava o rapaz para
manter relações sexuais com ele.
Ainda segundo o delegado, o homem
não estava nervoso durante o depoimento. “Ele estava muito tranquilo,
relatou os fatos com a maior naturalidade.” Segundo Lucio Lugli, o caso
só elucidado rapidamente pela parceria entre Polícia Civil e Militar.
“Foi um trabalho conjunto, onde todas as partes se esforçaram e, assim,
conseguimos um resultado rápido”, ressaltou.
A justiça decretou
prisão temporária de 30 dias para o rapaz. Como ele levou coisas da casa
do padre, o crime pode ser enquadrado como latrocínio (roubo com
homicídio) e o rapaz pode pegar até 30 anos de cadeia. A Polícia ainda
procura outro homem, que também estaria envolvido no crime, ou em parte
dele. Isso porquê, ele foi visto andando no carro do padre no mesmo dia
do assassinato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário