Governo Beto Richa acredita que financiamentos obtidos junto ao BID e que ficaram represados na gestão Dilma Rousseff sejam liberados nas próximas semanas
Albari Rosa/Gazeta do Povo
O Palácio Iguaçu espera que a
relação do governo federal com o Paraná melhore – e muito – com a
assunção de Michel Temer (PMDB) à presidência da república. A
expectativa é de que R$ 1,76 bilhão em empréstimos solicitados pelo
estado sejam liberados no novo governo.
Parte destes recursos já foi aprovada e
a expectativa é de que o dinheiro seja destinado ao estado nas próximas
semanas. “Já temos a sinalização de que vamos ter a solução para este
problema muito em breve”, diz o secretário-chefe da Casa Civil do
Paraná, Valdir Rossoni (PSDB).
Os
empréstimos reivindicados correspondem a três convênios com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID). Dois deles – que preveem
recursos para as áreas de segurança e infraestrutura (rodovias) – já
foram liberados, mas estão sob análise na Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Cordialidade
O Paraná anseia também um
relacionamento mais próximo e cordial com a União. Trocando em miúdos, o
governo espera não enfrentar tantas “dificuldades” para aprovar os
financiamentos. “Estamos otimistas e percebemos que esse novo governo
terá um posicionamento mais republicano com o nosso estado”, aponta
Rossoni.
Paraná já recorreu ao STF
Ao longo do governo Dilma Rousseff (PT) o Paraná enfrentou
dificuldades recorrentes para destravar empréstimos que já haviam sido
aprovados por instituições de financiamento. Além de travar embates
políticos, o estado chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)
para destravar uma das linhas de recursos, que à época chegava a R$ 817
milhões, provenientes do Programa de Apoio ao Investimento de Estados e
do Distrito Federal (Proinveste). O dinheiro só saiu depois de a corte
deferir um pedido de liminar.
O Paraná também teve que se desdobrar para tirar do papel outros
financiamentos, como convênios com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), cujos empréstimos chegaram a ser barrados no
Senado. O governo do estado sempre atribuiu esse “represamento” a
manobras políticas de adversários.
Ainda hoje, o secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB),
aponta que os mais de R$ 1 bilhão estão parados. “Este dinheiro só está
parado lá na Secretaria [do Tesouro Nacional], porque uma determinada
senadora do Paraná não queria que fosse destinado ao estado”, aponta
Rossoni, fazendo referência a Gleisi Hoffmann (PT) . A senadora sempre
negou qualquer influência na retenção dos recursos.
Em análise
O Paraná tem três empréstimos em análise na Secretaria do Tesouro Nacional. Veja as áreas contempladas:
Fonte: Redação. Infografia: Gazeta do Povo.

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